Guerra entre facções criminosas de Sarandi, terminou com três mortes e dois presos em Santa Catarina
Edson Matheus de Almeida, de 27 anos, executado a tiros na noite deste sábado (28), no bairro Meia Praia, em Itapema, Santa Catarina, era apontado pela Polícia Civil de Sarandi, com o líder do grupo criminoso denominado como Tropa do B.
O grupo liderado por Matheus Almeida, foi responsável por mais de 20 execuções e diversas tentativas de homicídios registradas, em Sarandi e Maringá.
Em um vídeo gravado ao site Plantão Maringá e ao Jornal Razão de Santa Catarina, o delegado doutor Adriano Garcia, disse que Almeida fornecia drogas e armas para criminosos praticarem execuções na região.
O grupo Tropa do B sofreu uma grande baixa após as prisões de integrantes do bando, além da morte de dois criminosos que morreram após trocar tiros com a Rotam e a Rone.
Integrantes mortos em confronto a PM
Maycon Silva Dourado, de 22 anos, foi morto a tiros durante um confronto com a Polícia Militar em Sarandi, no dia 10 de junho, no bairro Jardim Esperança.
Lucas Gabriel da Silva Rodrigues, de 21 anos, conhecido como “Chocolate”, foi morto no dia 20 de junho durante um confronto com a Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) da Polícia Militar, em Sarandi.
Integrantes presos pela Polícia Civil
Jean Gabriel dos Santos Gerônimo, de 23 anos, conhecido como “Gardenal”.
Lucas de Souza Hau Neto, de 21 anos, conhecido como “Perna de Alicate”.
Matheus Zimbicki de Jesus, vulgo “Matheus gordinho”.
Os integrantes do grupo se uniram a outras organizações criminosas da cidade para eliminar rivais ligados ao grupo de Marcos Paulo Leite da Silva, conhecido como “Nego Fi”. A disputa entre os grupos é por pontos de venda de drogas na Zona Sul da cidade de Sarandi.
Ao perceber que o cerco das forças de segurança de Sarandi, Matheus Almeida e alguns comparsas se mudaram para Santa Catarina.
O grupo rival
Marcos Paulo Leite da Silva, conhecido como “Nego Fi“, é apontado pela Polícia Civil, como o novo líder do grupo criminoso que era comandado por Diego Henrique Valentim, de 25 anos, vulgo pestinha que foi executado a tiros na UTI do Hospital Metropolitano de Sarandi. Na época da morte de pestinha, nego-fi que estava preso em razão de uma tentativa de homicídio contra um policial militar da Rotam de Sarandi, após uma troca de tiros.
Nego-fi, foi beneficiado com a saidinha temporária e não retornou mais para prisão. A partir daí assumiu a liderança do grupo e passou a atacar grupos criminosos rivais para recuperar pontos de vendas de drogas nos bairros Jardim Esperança e Conjunto Habitacional José Richa.
Após descobrir o paradeiro do líder do grupo rival, nego-fi acompanhado de Vitor Kauan Vizira Lima, de 18 anos, Jhenisson Monteiro dos Santos, Vulgo “James”, de 27 anos, foram até Santa Catarina.
Encapuzados e fortemente armados, eles atiraram contra Edson Matheus de Almeida, de 27 anos, Gabriel Vinicius Santana, de 25 anos, Ricardo Luiz Silva Santos e um quarto indivíduo que ainda não foi identificado.
Dos quatros apenas Ricardo Luiz Silva Santos, sobreviveu e foi socorrido e encaminhado ao hospital. Após o crime, os atiradores queimaram o carro utilizado no crime.
Gabriel Vinicius Santana, de 25 anos, era morador do Conjunto Thais em Maringá, e não consta com passagens pela polícia. Familiares relataram que ele se mudou recentemente para Santa Catarina e que ele não tem ligação com o mundo do crime. Estava no lugar errado com as pessoas erradas.
Prisão
A Polícia Militar de Santa Catarina, montou um cerco policial e conseguiu localizar o bando escondido no condomínio Ecoville, no bairro Ribanceira do Sul. Com eles, foram apreendidos balaclava (toucas ninja), três pistolas utilizadas no crime, seis carregadores, sendo dois com kit rajada e luvas.
Vitor Kauan e James foram presos em flagrante e assumiram a autoria do crime. Além disso, indicaram os policiais, que o terceiro envolvido se tratava de nego-fi, porém ele conseguiu fugir antes da chegada das equipes.
Armas utilizadas no crime
De acordo com o Delegado Doutor Adriano Garcia, a polícia civil de Sarandi, deve pedir junto a Polícia Civil de Santa Catarina, perícia nas armas apreendidas. A quadrilha do nego-fi é responsável por vários crimes de homicídios na cidade.
