Gaeco de Maringá cumpre 16 mandados em operação contra lavagem de dinheiro a partir de comércio de produtos eletrônicos pela internet

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 27 de junho, a Operação Versalhes, que apura suspeitas de lavagem de bens e valores envolvendo administradores de uma empresa de fachada que atua na venda de produtos eletrônicos pela internet. Foram cumpridos nos municípios de Maringá, Sarandi, Peabiru e Balneário Camboriú (SC) 16 mandados de busca e apreensão, buscas pessoais, constrição (bloqueio) de veículos, e bloqueio de ativos financeiros em montante superior a R$ 5 milhões contra os investigados.

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As apurações tiveram início em março de 2022 e revelaram indícios de que a pessoa jurídica investigada estaria sendo utilizada para dar aparência de legalidade a valores provenientes de atividades ilícitas. Transações suspeitas foram identificadas em uma plataforma de marketplace, sugerindo a simulação da venda de produtos pela internet como forma de justificar valores obtidos ilicitamente. Além disso, verificou-se que os administradores da empresa, que se declaram agricultores, possuíam outras fontes de renda, como a compra e venda de veículos de alto padrão e atividades de factoring (fomento mercantil). Os investigados têm antecedentes criminais, com condenações por receptação e tráfico de drogas.

Investigados – Um dos alvos da operação, residente em Peabiru, é suspeito de movimentar valores para os empresários investigados, mediante a troca de cheques e transferências eletrônicas. Outro investigado, possível laranja do esquema, é morador de Balneário Camboriú (SC) e foi identificado como responsável por fornecer dados falsos para a transferência fraudulenta da sede da empresa de comércio eletrônico para o município catarinense, configurando indícios de um esquema de lavagem de dinheiro em escala interestadual.

A operação incluiu a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, requisição de informações a plataformas de marketplace sobre os cadastros e históricos de venda da empresa de fachada, além de levantamentos junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre imóveis rurais e atividades agropecuárias e diligências voltadas à verificação do patrimônio dos investigados e da real atividade da empresa de comércio eletrônico.

 

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