Jurados de morte pelo PCC morrem em confronto com a Polícia Militar de Maringá

Milton de Souza Morais de Carvalho, de 35 anos, vulgo Miltinho de 15, e Adilson Gonçalves de Souza, de 39 anos, vulgo máscara, ex-integrantes do PCC – Primeiro Comando da Capital, morreram após um intenso tiroteio no final da madrugada desta sexta-feira, 10 de novembro, no Contorno Norte, em Maringá.

Os criminosos eram suspeitos da morte do Cabo Reinaldo José Garozi da Rotam de Cianorte, em 17 de setembro, e do mega assalto à Prosegur no Paraguai, em abril de 2017, onde cerca de 40 assaltantes participaram e roubaram na época US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões – da transportadora de valores.

Fotos de Jurados de morte pelo PCC morrem em confronto com a Polícia Militar de Maringá
mega assalto à Prosegur no Paraguai,

De acordo com a Polícia Militar de Maringá, os criminosos estavam sendo monitorados pelo setor de inteligência do Serviço Reservado (P2) do 4º Batalhão da Polícia Militar de Maringá. Os policiais descobriram que a dupla estaria em um esconderijo num determinado bairro de Sarandi e monitoraram os passos dos indivíduos, e nesta sexta-feira recebendo informações de que eles estavam indo para outro esconderijo na região.

Foi solicitado apoio às equipes da Rotam e do Pelotão de Choque, e o veículo dos criminosos foi localizado no Contorno Norte. Após uma tentativa de abordagem, Miltinho do 15 e máscara atiraram contra os policiais, atingindo a viatura da Rotam. Na sequência, após um intenso tiroteio, os dois foram atingidos e morreram antes da chegada do Samu.

Com eles, foram apreendidas duas pistolas, com mira a laser, kit rajada e carregador alongado. Após o trabalho da perícia, os órgãos foram designados para o Instituto Médico Legal de Maringá.

Investigação

Segundo a PM, Adilson Gonçalves de Souza, de 39 anos, vulgo máscara, fugiu do Complexo Penitenciário de Piraquara em 2017, após comparsa explodir o muro da unidade prisional. Junto com Milton de Souza Morais de Carvalho, de 35 anos, vulgo Miltinho de 15, e outros comparsas membros de uma facção criminosa (a firma), o bando fugiu para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde se uniram à principal facção criminosa do Brasil – PCC – Primeiro Comando da Capital.

A firma

Membros da a Firma são acusados ​​da morte das irmãs Fabiana Aguayo Baez, de 23 anos, e Adriana Aguayo Baez, de 28 anos, em junho de 2017, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Elas foram mortas, decapitadas e tiveram os corpos carbonizados em um veículo encontrado em Pedro Juan Caballero.

Fotos de Jurados de morte pelo PCC morrem em confronto com a Polícia Militar de Maringá
irmãs Fabiana Aguayo Baez, de 23 anos, e Adriana Aguayo Baez, de 28 anos

Fotos divulgadas pela polícia mostram os suspeitos dos assassinatos em série ostentando armas pesadas, como fuzis .50. O caminhonete que aparece nas imagens é o mesmo veículo usado para carbonizar o corpo das irmãs paraguaias assassinadas. Miltinho do 15 também aparece na foto segurando um fuzil e uma pistola com o pente alongado.

Rompimento com o PCC

O rompimento do PCC com a Firma aconteceu logo depois do assassinato de Lucas Ximenes, em 2017, em Pedro Juan Caballero, que nunca teve o corpo encontrado. Lucas era irmão de Thiago Ximenes, o ‘Matrix’, líder da facção na fronteira.

‘Matrix’ assumiu o comando do PCC na fronteira após a prisão do ex-líder Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’, no início de fevereiro, em Camboriú, no litoral de Santa Catarina, segundo o Portal UOL.

O grupo ainda é apontado como responsável pela morte de Américo Ramirez Chaves, de 37 anos, que foi sequestrado, torturado e esquartejado, em março de 2017. Américo foi testemunha protegida da Polícia Argentina.

Um grupo de homens armados teria invadido a residência de Américo durante a madrugada, e mesmo com os gritos de seu marido, nenhum vizinho saiu em sua ajuda. Horas depois, o corpo foi encontrado repartido em vários sacos de lixo nas imediações do Aeroporto Internacional da cidade de Ponta Porã.

Irmão de Jarvis Pavão

O assassinato das irmãs de Pedro Juan Caballero aconteceu depois que uma delas, Fabiana, teria contratado um pistoleiro para matar o irmão de Jarvis, Ronny Pavão, por uma dívida de drogas. Segundo o UOL, a organização do narcotráfico havia abrigado o grupo paranaense na época para um treinamento militar rigoroso na fazenda de Pavão no Paraguai.

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