Foi presa pela Polícia Civil de Almirante Tamandaré, na grande Curitiba, a jovem Ana Maria de Jesus, de 19 anos. Ela confessou o assassinato de Izaque Furlan, de 6 anos, e alegou que cometeu o crime para se vingar da mãe da criança.
Segundo noticiou a Rádio Banda B, a assassina era responsável por cuidar do garoto enquanto a mãe dele trabalhava como recicladora. Na delegacia, Ana Maria disse que discutia constantemente com a vizinha, geralmente por motivos banais.
“Ela descarregou toda essa energia malévola que tinha contra a vizinha em um ser inocente. Em depoimento, ela admitiu o assassinato da criança e deu todos os detalhes”, comentou o delegado Tito Livo Barrichello durante entrevista coletiva.
Izaque foi morto na casa da suspeita, na Rua do Cedro, no município metropolitano. Ela mora vizinha à família do garoto e havia ido até a residência do menor na manhã desta sexta-feira (25) buscá-lo “para comprar pão”.
Após a mãe Neuza Gouvea perceber sumiço da criança, a criminosa chegou ajudar a procurá-lo. Mas foi presa horas depois pela polícia.
“Ana contou que bateu várias vezes na cabeça da criança com um tijolo de concreto, até ela ficar inconsciente. Nisso, ela pegou o fio de uma enceradeira e o estrangulou. Depois, colocou o corpo em uma mala, que foi escondida no forno da residência. Ela o posicionou como se ele estivesse ajoelhado, agarrando os próprios joelhos. Era a figura de um anjo, perto do lado mais perverso do ser humano”, completou Barrichello.
A jovem negou que outra pessoa tenha participado do homicídio. A polícia suspeitou que o marido dela, que tem passagens por estuprar a própria filha, poderia estar envolvido na morte de Izaque.
Estelionato
Além de responder pelo assassinato do menino, a acusada também responderá por estelionato, uma vez que se apropriou de documentos referentes a benefícios sociais recebidos pela mãe do garoto, em face de uma pequena deficiência física que ele apresentava.
“A partir daí nós já começamos a suspeitar dela e levantar os antecedentes do marido. Foi assim que chegamos à autoria do crime”, comentou o delegado.
Pai da suspeita pediu calma
O pai de Ana Maria pediu calma aos moradores que se revoltaram com o crime. “Eu não tenho nem o que falar, não foi isso que ensinei para a minha filha. Eu não esperava por esse final, acho que estou sofrendo mais do que os parentes do menino. Peço que vocês compreendam que a minha família não tem nada a ver com isso. A Ana morava em outra casa, com o marido. Ela está presa… Como que eu vou responder por isso? Ela não estava na minha residência”, afirmou ele bastante comovido.
A assassina foi presa e encaminhada à delegacia de Almirante Tamandaré. Ela vai responder por homicídio triplamente qualificado, além do estelionato.
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