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Boate divulga imagens de confusão que terminou com morte de trabalhador rural em Maringá

A 212 Music Club, casa noturna localizada na Avenida Curitiba, em Maringá, divulgou nesta sexta-feira (11) imagens das câmeras de segurança internas e externas que registraram o início de uma confusão e o momento do disparo que resultou na morte de Denis Alberto Tomé, de 38 anos, trabalhador rural da cidade de Lobato.

A BAIXO O DEPOIMENTO DO SEGURANÇA 

O crime ocorreu na madrugada do último domingo (6). Denis foi baleado pelas costas durante uma briga generalizada na saída da boate. Segundo a Polícia Militar, ele ainda tentou correr, mas caiu no canteiro central da via e morreu antes da chegada do socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito. A vítima apresentava perfurações nas costas e no braço.

Inicialmente, a direção da boate afirmou que o autor do disparo não fazia parte da equipe de segurança. No entanto, durante novo depoimento prestado à Delegacia de Homicídios nesta sexta-feira, Fanuel de Oliveira, de 39 anos, confessou ser o responsável pelo tiro e admitiu que trabalhava como segurança do local, embora de forma informal. A revelação contradiz a nota oficial divulgada pela casa noturna.

Em seu depoimento ao delegado Diego Almeida, Fanuel afirmou que, no momento da confusão, viu Denis arremessar uma pedra contra a cabeça de uma pessoa que já estava caída. Ele disse ter tentado conter a vítima por trás, quando foi agredido com uma cabeçada. Nesse instante, segundo ele, a arma disparou acidentalmente. A pistola usada no crime estava com a numeração raspada e foi apreendida pela polícia.

Testemunhas, no entanto, apresentam uma versão diferente. Relataram que a confusão começou dentro da boate, se estendeu para a área externa e envolveu agressões físicas, incluindo o uso de uma barra de ferro. Segundo familiares, Denis foi morto ao tentar defender a irmã, que havia sido agredida com um tapa no rosto e puxões de cabelo por um dos seguranças. O filho da vítima, que tentou socorrer o pai, também teria sido agredido com uma coronhada na cabeça.

A casa noturna divulgou uma nota oficial por meio de sua assessoria jurídica, alegando que os serviços de segurança são realizados por uma empresa terceirizada, cujos funcionários são devidamente identificados, uniformizados e não portam armas de fogo. A direção reafirma que Fanuel não é funcionário da boate nem da empresa contratada.