Pix por aproximação é apresentado; veja como vai funcionar
A apresentação do pix por aproximação foi feita hoje (4) em São Paulo. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto detalharam a funcionalidade que chega primeiro para os usuarios das carteiras digitais (wallets) do Google e para todos os usuários do pix em fevereiro de 2025.
Os pagamentos vão ser realizados aproximando o celular do terminal de pagamento (maquininha), usando contas bancárias previamente integradas à Carteira do Google. O recurso é ativado a partir da tecnologia NFC (Near Field Communication). “Estamos contentes em disponibilizar ao mercado esta primeira solução de pagamento por aproximação”, avalia Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
A solução, que foi desenvolvida em conjunto com a Rede Itaú e foi testada em terminais da marca, poderá ser adotada por quaisquer adquirentes do mercado que queiram oferecer a funcionalidade. Feito o vínculo de conta, ao fazer um pagamento, o consumidor deve desbloquear o celular, aproximar o celular com NFC da máquina de quem vai receber o pagamento e seguir os passos indicados pela carteira.
“A loja digita o valor do pix na maquininha, da mesma forma que se gera um código QRCode. Mas a partir daqui, o terminal estabelece a conexão via NFC com o celular para carregar os detalhes da transação de pagamento”, detalha Natacha Litvinov, Head de Parcerias de Pagamentos para a América Latina no Google. Inicialmente, apenas celulares Android terão a função. “Pro usuário, tudo se dará de forma natural. O usuário pode escolher de qual conta vinculada à carteira Google será executado o pix. A confirmação do pagamento é feita com a biometria. A mensagem do pagamento chega no celular e também na maquininha”, complementa.
Por enquanto, o pix por aproximação via Google está disponível para clientes PicPay e C6. Nas próximas semanas, também para clientes Itaú.
O lançamento de forma ampla do pix por aproximação está programado para 28 de fevereiro de 2025.
As regras do pix por aproximação foram aprovadas em julho pelo Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN). Depois disso, o BC firmou a parceria que permite, nesse primeiro momento, aos usuários do Google Pay realizar transferências de valores e pagamentos por meio do Google Pay.
O pix por aproximação ocorre por meio do chamado open finance, o sistema financeiro aberto, numa medida para simplificar a jornada de iniciação de pagamentos (JSR).
A mudança, que permite a realização de pagamentos por aproximação com o pix sem a necessidade de acessar o aplicativo de sua instituição financeira, é possível por meio dos chamados iniciadores de pagamento.
O Iniciador de Transação de Pagamento (ITP) é uma interface que, como o próprio nome diz, inicia uma transação e faz com que o recurso do cliente saia da conta dele e caia diretamente na conta do recebedor (que pode ser uma instituição do sistema financeiro ou uma empresa que vende on-line). A transação acontece sem sair do ambiente da instituição original, com menor manuseio de dados e logins de autenticação entre apps.
“O futuro dos pagamentos instantênos está acontecendo em vários países. Mas nos preocupamos desde o início em fazer o pix programável para conversar com diferentes sistemas. Temos o pix, o open finance e o drex se encontrando agora, mas é algo que o BC vem desenhando desde 2018”, explicou Campos Neto.
Ele ainda falou sobre as novas regras do pix que preveem limites para transações realizadas de aparelhos desconhecidos e a possibilidade de programar pagamentos, através do pix agendado recorrente. “Se conseguirmos diminuir o uso de contas laranjas e identificar padrões de fraude antecipadamente, vai nos ajudar muito a aumentar a confiança em relação ao pix”.
No caso do pix via carteiras do Google, a empresa anunciou o lançamento do Modo Noturno. Ao ativá-lo, não será possível fazer transações pix para contas pessoa física de favorecidos desconhecidos entre 20h e 6h.
Além do pix por aproximação, o Google também lança a possibilidade de pagar com pix pelo novo botão “Pagar com GPay” em aplicativos de e-commerce. O botão fica disponível através de um API para aplicativos que desejem disponibilizar esta opção, que podem concluir a transação com menos passos, com menos fricção e sem necessidade de sair do aplicativo. Informação G1