Quatro sindicalistas foram presos nesta quinta-feira (18) no estado de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, eles são suspeitos de incendiar sete ônibus da TCCV, no ano passado. de acordo com a PC, os quatros homens eram foragidos da justiça. Assim que possível maiores informações
Relembre
Quatro sindicalistas da SINTTRANS de Sorocaba, são apontados pela Polícia Civil de Sarandi como suspeitos de atearem fogo em 7 ônibus da empresa Transporte Coletivo Cidade Verde ocorrido no dia 23 de setembro na garagem da empresa.
De acordo com a polícia, a coleta de indícios que apontaram para o possível envolvimento de pessoas ligadas ao SINTTROMAR, dentre elas, Odair José de Moura que faz parte da diretoria do sindicato e foi preso na manhã desta sexta-feira (11). Com ele foi apreendido R$ 12 mil reais.
De acordo com o Delegado de Sarandi, Adriano Garcia, a investigação começou logo após o crime. Investigadores tiveram acesso às imagens de algumas câmeras de monitoramento próximo à empresa, onde uma das imagens mostrou o momento em que um veículo para em frente à garagem, e três homens descem, dois deles pulam o portão, e um terceiro fica do lado de fora e passa os galões que provavelmente possuía líquido altamente inflamável.
Os investigadores pediram apoio da Guarda Municipal de Sarandi, e através das câmeras de monitoramento da cidade, foi possível a identificação da placa do veículo. Em consulta, aos o sistema foi descoberto que o carro pertence a uma locadora de veículos, em Maringá. Em contato com a empresa, foi levantado o carro um Volkswagen Polo, foi locado no dia 15 de setembro em nome de uma mulher.
Os investigadores foram até a residência da mulher e a conduziram para a Delegacia de Polícia Civil, para prestar esclarecimentos ao Delegado Adriano Garcia. A mulher relatou ao delegado que realmente alugou o veículo, porém o carro não se encontrava com ela. O carro foi locado e entregue um dia antes do início da grave, para a pessoa de Odair José de Moura. Os investigadores foram atrás de Odair, porém ele não foi localizado para prestar esclarecimento.
Ainda de acordo com as investigações, a SINTTROMAR, trouxe quatro sindicalistas da SINTTRANS de Sorocaba, para ajudar na greve. Esses sindicalistas são apontados pela Polícia Civil como suspeitos de atearem fogo nos ônibus.
A polícia chegou aos quatros suspeitos após a divulgação dos vídeos, onde mostra quatro elementos em um Volkswagen Polo, se aproximando da garagem, três deles descem, dois pulam o alambrado, e o terceiro entrega os galões com o líquido inflamável. Uma testemunha, após assistir as imagens, fez uma denúncia, anônima atrás do WhatsApp da Polícia Civil, onde relatou que por volta das 01h31 da manhã, viu quatro pessoas com as mesmas características, deixando um hotel, na Avenida Tuiuti em Maringá, com um veículo da mesma marca e modelo. Diante da informação, os investigadores foram até o hotel e através de câmeras de monitoramento e do registo de entrada, identificaram Eric Willian Fogaça Mattos, Valdeildo Fernandes dos Santos, Magno Oliveira da Costa e Fabrício Rodrigues, ambos moradores do estado de São Paulo.
As imagens mostram os quatros suspeitos, fazendo o check-out (verificação de saída). O primeiro foi do Erick à 01h13min, seguido de Magno à 01h24min, Fabricio à 01h36min e por fim Valdeildo à 01h37min. Os suspeitos guardam as malas, em um veículo de cor branca que pertence ao sindicato de Sorocaba e estava estacionado na frente do hotel. Na sequência o veículo Polo para na frente do hotel. A polícia acredita que Odair e outra pessoa estavam no interior do veículo. O carro permanece por alguns minutos parado, até que a 01h36min, Fabrício sai do hotel, entra no Polo, pela porta traseira, deixando claro que possivelmente além do motorista já havia mais alguém dentro do veículo. Eric, Valdeildo e Magno entram no Gol e os dois veículos saem juntos e seguem em direção a Avenida Colombo. As despesas no hotel teriam sido pagas pelo Sinttromar.
Qual a ligação de cada um no crime?
Após analisar as imagens do local do crime e do hotel, a polícia acredita que Valdeildo Fernandes dos Santos, desce primeiro e vai em direção ao portão da garagem. Fabrício Rodrigues desce na sequência e também vai em direção ao portão para adentrar a garagem e Magno Oliveira da Costa, passa os galões com líquido altamente inflamável para os outros dois que já pularam o portão e entraram dentro da garagem de ônibus.
Embora o detalhe da blusa de frio seja muito parecido, acredita-se que o suspeito que leva os galões no local do crime não seja a pessoa de Erick, uma vez que os detalhes físicos não são compatíveis, desde a forma de andar, altura e porte físico. Em análise minuciosa das imagens foi constatado que de acordo com as características observadas o principal suspeito de ter levado os galões é a pessoa de Magno, visto que as características dele com o homem do vídeo são muito similares, com isso acredita-se que Erick possa ter emprestado a blusa de frio pra Magno ou eles possuem uma blusa parecida.
Operação Ludismo
Na manhã desta sexta – feira a Polícia Civil desencadeia a Operação Ludismo, que tem por objetivo cumprir mandados de busca e de prisão preventiva de suspeitos de participação no incêndio criminoso ocorrido no pátio da Empresa Transporte Coletivo Cidade Verde, em Sarandi, na madrugada de 23/09/2020. 06 (seis) veículos coletivos foram consumidos totalmente pelas chamas, enquanto outro o foi parcialmente.
Os mandados de busca e de prisões preventiva estão sendo cumpridos nas Cidades de Sorocaba/SP, Votorantim/SP, Sarandi e Maringá. Em São Paulo, a Operação conta com a participação de equipes de Sarandi e Maringá, além do GOE e DEIC (PC/SP). Eric Willian Fogaça Mattos, Valdeildo Fernandes dos Santos, Magno Oliveira da Costa e Fabrício Rodrigues não foram localizados e são considerados foragidos da justiça.
Equipes da Polícia Civil de Sarandi e investigadores de Maringá cumpriram ordem de busca na sede do Sinttromar.
A Operação, contou com 40 agentes de segurança, foi batizada em alusão a um movimento de trabalhadores ingleses do ramo de fiação e tecelagem, ativo no início do século XIX, nos primórdios da Revolução Industrial, e que se notabilizou pela destruição de máquinas como forma de protesto.
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