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UEM vai homenagear estudante pioneira na luta pelo nome social, que faleceu aos 32 anos

A estudante de Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Daniele Oliveira Sussay, que faleceu na última terça-feira, 4, aos 32 anos, será homenageada durante o IX Simpósio Internacional de Educação Sexual (Sies), que será realizado nos dias 9, 10 e 11 de abril de 2025 na UEM. Mais do que uma universitária, Daniele foi uma voz ativa na defesa dos direitos das pessoas trans, sendo protagonista na conquista do direito ao nome social na instituição.

A conquista veio durante sua primeira licenciatura em Pedagogia, concluída em 2016, quando ela e outra estudante se tornaram as duas primeiras mulheres transexuais a se graduarem pela UEM. Segundo a professora voluntária do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE), Eliane Rose Maio, em 2010, Daniele foi a primeira a protocolar o pedido para o reconhecimento do nome social, que, mais tarde, foi oficialmente regulamentado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da universidade.

“Eu a conheci quando ela participou, pela primeira vez, de uma reunião do Nudisex (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Diversidade Sexual). Ao final do encontro, ela esperou todos saírem para conversar comigo e pedir permissão para ingressar no grupo. Ela foi acolhida e, junto com um coletivo de docentes e discentes, iniciamos a luta pela regulamentação do nome social na UEM.

Atualmente, Daniele atuava como diretora da Escola Municipal Professor Paulo Freire, em Sarandi, cidade onde residia com seu esposo, José Cláudio Sussay, técnico administrativo da UEM. Ela estava no último ano do curso de Geografia e sonhava ingressar no mestrado no próximo ano.

Ela estava internada em um hospital de Sarandi devido a complicações intestinais, que se agravaram e resultaram em problemas cardiorrespiratórios. O velório foi realizado na quarta-feira, 5, na casa de sua mãe, no município de Santa Inês, onde Daniele foi sepultada no cemitério local. Via GMC-online